A moça do tempo falou na tal Zona de Convergência do Atlantico Sul - ZCAS. Putz...amanhã eu iria fazer meu último treinamento no morrinho antes da minha decolagem oficial. Putz...e lá vem essa tal de ZCAS para atrapalhar. Depois dizem que sou eu que enrolo, mas não adianta brigar com a mãe natureza...pois tudo tem seu momento certo para acontecer, quem manda é a mãe natureza.
Mas toda vez que ouço falar na ZCAS, penso: lá vem chuva!! E a previsão para amanhã, segundo a moça do tempo do JN é de, em alguma regiões do sudeste, chuva correspondente a 12 dias.
Segundo o Wikipedia e mais algumas pesquisas na net sobre o assunto, uma das características mais interessantes sobre a ZCAS é a sua persistência. Às vezes a ZCAS fica presente por dias causando precipitação generalizada e às vezes até enchentes e deslizamento de encostas em algumas regiões. Outras vezes, a ZCAS se enfraquece e durante alguns dias a convecção é inibida. Entretanto, mesmo durante os períodos em que está ativa, a convecção pode variar de intensidade, com dias que aparecem nublados com alguma chuva ou chuvisco mas outros em que a convecção está bem desenvolvida, com linhas de instabilidade e outros sistemas convectivos organizados que produzem grande quantidade de chuva. Linhas de instabilidade ou sistemas convectivos de mesoescala podem ser observados embebidos na ZCAS durante o dia e às vezes também durante a noite. Também em épocas em que a ZCAS está enfraquecida, é possível observar em o desenvolvimento de sistemas convectivos bem organizados que podem afetar localmente de forma significativa.
Os sistemas de mesoescala mais profundos (topos mais frios ou sistemas com maiores descargas elétricas e chuvas) são favorecidos durante os períodos de ‘quebra’ da ZCAS e não durante as fases em que a mesma está mais ativaCriado pelas próprias condições de instabilidade ou, possivelmente, até mesmo de alteração de aerossóis, geradas pela mudança de regime de ventos entre o período ativo (quando as anomalias são de oeste) e de quebra (quando as anomalias são de leste) da atividade convectiva na ZCAS.
Mais tecnicamente: Climatologicamente a ZCAS pode ser identificada, na composição de imagens de satélite, como uma banda de nebulosidade de orientação NW/SE, estendendo-se desde o sul da região amazônica até a região central do atlântico sul.
Diversos podem ser os fatores locais, porém, o único consenso parece ser quanto ao papel da convecção na região Amazônica. Em um estudo observacional das Zonas de Convergência Sub-Tropicais, essas zonas aparecem somente quando duas condições de grande escala são satisfeitas: (i) o escoamento de ar quente e úmido, em baixos níveis, em direção às altas latitudes; e (ii) um jato sub-tropical (JST) em altos níveis fluindo em latitudes subtropicais. O escoamento em baixos níveis intensifica a convergência de umidade enquanto, combinado com o JST, intensifica a frontogênese no campo da temperatura potencial equivalente, influindo na geração da instabilidade convectiva. O estabelecimento desse padrão de circulação está claramente associado à atividade convectiva na Amazônia e Brasil Central, que intensifica o JST em altos níveis, em um processo de conversão de energia cinética divergente em energia cinética rotacional. Em baixos níveis a convecção também contribui na intensificação da Baixa na região do Chaco, que fortalece a convergência de ar úmido sobre a região.
Existem ainda outros mecanismos que estão sendo sugeridos para explicar a ocorrência da ZCAS, como por exemplo, a interação oceano-atmosfera na zona de confluência entre a Corrente das Malvinas e a Corrente do Brasil, e as interações não lineares entre as diversas escalas de fenômenos atmosféricos. No entanto, estes mecanismos ainda não foram confirmados em estudos!
*******
Não entendeu nada? Nem eu entendi muito bem...mas é bom deixar o guarda-chuva pronto para ser aberto.
Marcadores: Zona de Convergência do Atlantico Sul
Vôo de : Beth Santana
em
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
às 20:37
*®*
*
*